segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Letras em Cena - Cordélia Brasil em Ribeirão Preto

Amanhã, terça dia 30/11/10,às 19:00 horas, terei o prazer de, juntamente com outros escritores de Ribeirão Preto, fazer a abertura deste evento, lendo poemas e crônicas de nossa autoria. Todos estão convidados.
Será  no Auditório da CPFL Paulista  na Av. Cavalheiro Pascoal Innechi, 888. Entrada pela rua ao lado, Av . Paris, s/n Programação gratuita.



Leitura da peça Cordélia Brasil
De Antonio Bivar.Direção de Nelson Baskerville. Com Mauricio Machado, Gabriela Alves e Daniel Alvim.

Cordélia Brasil estreou em 17 de abril de 1968, no Teatro Mesbla, no Rio de Janeiro, com produção de Oduvaldo Vianna Filho, Gilda Grillo e Luís Jasmim. Elenco: Norma Bengell (Cordélia Brasil), Luís Jasmim (Leônidas Barbosa) e Paulo Bianco (Rico). Direção de Emílio di Biasi.
Em 17 de setembro de 1968, estreou uma nova montagem no Teatro de Arena, em São Paulo, com Emílio di Biasi substituindo o ator Luís Jasmim.
Na estreia da peça no Rio de Janeiro, em 1968, o autor recebeu do crítico Yan Michalsky (“Jornal do Brasil”), o julgamento: “Antonio Bivar é o pensamento mais moderno do teatro brasileiro”. Vinte anos depois, recebeu de outro crítico, Sábato Magaldi, o seguinte veredito: “Cordélia Brasil já é um clássico do moderno repertório teatral brasileiro”. Por “Cordélia Brasil” e por outra peça sua, “Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã”, Antonio Bivar recebeu todos os prêmios de Melhor Autor de 1968, em São Paulo (Molière, Governador do Estado e APCA). Por sua interpretação de Cordélia, Norma Bengell recebeu o Prêmio Governador do Estado de Melhor Atriz, de 1968 no teatro paulista. Este espetáculo abriu o Letras em Cena em 2006, no MASP. Dois anos depois, ganhou montagem com Maria Padilha em São Paulo e Rio de Janeiro.

Apareçam!!!

sábado, 27 de novembro de 2010

Serão Literário com Jeanette Rozzas

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Alvoroço - lançamento

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O que se foi - Ferreira Gullar


O que se foi

O que se foi se foi.
Se algo ainda perdura
é só a amarga marca
na paisagem escura.

Se o que se foi regressa,
traz um erro fatal:
falta-lhe simplesmente
ser real.

Portanto, o que se foi,
se volta, é feito morte.
Então por que me faz
o coração bater tão forte?

Ferreira Gullar

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Tagore

"Se me é negado o amor, por que, então, amanhece;
por que sussurra o vento do sul entre as folhas recém nascidas?
Se me é negado o amor, por que, então,
A noite entristece com nostálgico silêncio as estrelas?
E por que este desatinado coração continua,
Esperançado e louco, olhando o mar infinito?"

Rabindranath Tagore

Lançamento de Bolero de Ravel em Ribeirão

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Teatro - uma comédia alucinante


Depois de grande sucesso com a comédia ConSerto de Senhoritas, o Grupo Boca no Trombone estreia outra comédia: CHÁ DE CARIDADE, onde novamente homens representam mulheres e garantem muitas gargalhadas.
Sinopse
Mariucha, Odaléia e Darcy, são senhoras respeitáveis da alta sociedade que reúnem-se, uma vez por mês, no melhor clube da cidade para tomar chá e organizar jantares, bingos e chás beneficentes. Uma denúncia anônima leva a polícia a fazer uma vistoria no clube em busca de um traficante. O garçom, apavorado, esconde no bule de chá as substâncias proibidas. Está formada a confusão! As respeitáveis senhoras, após consumirem as substâncias alucinógenas e estimulantes, perdem a classe e a compostura.
Revelações surpreendentes virão à tona desencadeando segredos muito bem guardados. A vida dessas mulheres nunca mais será a mesma!
De Angelo de Matos  Adaptação e Direção: Antonio Veiga
Com Djalma Cano – Fabrício Papa - Matheus Gherardi - Nenê Alcantara e Roberto Edson
Assistente de direção: Brunno Brunelli
Figurinos: Paulo Castilho
Realização: Boca no Trombone
25 DE NOVEMBRO 21H – THEATRO PEDRO II

"Deus sabe a minha confissão
Não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há
De haver mais compaixão
Quem poderá fazer, aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre nasce trigo
Vive morre pão"

Gilberto Gil
(trecho da música Drão)

domingo, 21 de novembro de 2010

Quero apenas - Olga Savary

Quero apenas

Além de mim, quero apenas
essa tranqüilidade de campos de flores
e este gesto impreciso
recompondo a infância.
Além de mim
– e entre mim e meu deserto –
quero apenas silêncio,
cúmplice absoluto do meu verso,
tecendo a teia do vestígio
com cuidado de aranha.

Olga Savary

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Guimarães Rosa


"Alegre era a gente viver devagarinho, miudinho,
não se importando demais com coisa nenhuma.
Felicidade se acha é só em horinhas de descuido."

Guimarães Rosa

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

União Brasileira dos Escritores - Núcleo Ribeirão Preto


Fundação do Núcleo de Escritores da UBE
 (União Brasileira de Escritores) de Ribeirão Preto

Agora é oficial: é com muita satisfação que comunico a fundação do Núcleo da UBE em Ribeirão Preto, ocorrida em 15 de novembro de 2010, na Livraria Paraler Megastore, tendo como membros fundadores os escritores Menalton Braff, Roseli Braff, Mara Senna, Regina Baptista,Ely Vieitez e Eliane Ratier, esta última nomeada coordenadora do núcleo.
O Núcleo de Ribeirão vem somar forças à UBE em seu trabalho de divulgação da literatura nacional, promoção da leitura e aprimoramento profissional dos escritores, enaltecendo sua função representativa dos escritores brasileiros em todas a instâncias públicas e privadas, em âmbito nacional e internacional.
Para os interessados em se filiar  o endereço é: www.ube.org.br
(Na foto da esquerda para direita: Menalton Braff, Eliane Ratier, Mara Senna, Regina Baptista)

6o. Prêmio Bravo

O poeta Manoel de Barros ganhou - com muita razão - o 6º Prêmio Bravo, na categoria 'Artista do Ano'.
O melhor livro foi 'Esquimó', do querido Fabrício Corsaletti. Parabéns!

E o palhaço o que é?

I Encontro: Palhaços Em Todo Lugar

O Grupo Zibaldoni em parceria com o Sesc Ribeirão Preto, propõe difundir a linguagem do palhaço e suas possibilidades de atuação. O encontro que ocorre de 18 a 21 de novembro de 2010, traz artistas de várias regiões que se reúnem para alcançar todos os lugares a que o palhaço tem acesso, levando arte para hospitais, ruas, teatros e favelas.
O Grupo Zibaldoni realiza há mais de três anos seus trabalhos e pesquisas com foco no estudo do comportamento humano para depois levá-lo como forma de expressão artística, e tem como instrumento principal a arte do palhaço, que lida a todo instante com o íntimo de cada um de nós.
A troca do artista e platéia se torna puramente verdadeira provocando o despertar de sentimentos e emoções em ambos.
Maiores informações: http://www.sescsp.org.br/  e http://www.zibaldoni.art.br/

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Arca Cultural - Convite

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A Arca Cultural é um acervo itinerante das obras dos escritores de Ribeirão Preto e será transferida no dia 22/11/10 às 20:30 horas, da E.E. Otoniel Mota para a Unaerp, onde permanecerá disponível para  consulta até janeiro de 2011, quando então seguirá para a próxima escola.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sol e chuva - J. G. de Araújo Jorge


Sol e Chuva

Gosto desses dias molhados, de chuva miúda, de chuva fina
chuva boa,
de névoa, de garoa,
em que a gente não sente a obrigação de ser feliz,
e fica em si mesmo à-toa...

Basta a gente ficar onde está, nada mais, é tudo que se quer,
vendo a chuva cair, a chuva caindo,
ficar sentado, acomodado, num lugar qualquer
ouvindo o rumor da chuva, ouvindo.
ouvindo.

Dias que não pedem nada, que não exigem nada, que não incomodam,
em que a gente fica em casa, sem necessidade
de companhia, de ter alguém,
basta essa sensação que agora é minha...
Oh, a paz, essa felicidade impessoal, perfeita
que consegue ser feliz sozinha...

(Como doem certos dias de sol, de tanta alegria!)
Dias exigentes que gritam por felicidade, que reclamam vida e emoção
e que encontram às vezes a gente tão só
no meio de tanta gente,
tão só e desprevenido
sem saber que fazer - meu Deus! - do coração!

Dias de sol que derrubam a gente,
que maltratam a gente, passam por cima,
da gente
sem piedade,
tontos, deslumbrados,
e se vão a cantar uma felicidade
por todos os lados,
uma felicidade de bola de cristal, inexistente,
sem ver que ficamos no chão, como indigentes
abandonados...

Ah! gosto desses dias assim, de olhos embaciados, cinzentos,
de chuvinha mansa, de chuvinha boa,
que não perturbam o coração
que descansam a vista;
que, no máximo, esperam que a gente se sinta bem,
e nos deixam em paz, sem nada, nem ninguém,
- só isto!

Nesses dias, humilde e só, um pouco egoísta
talvez,
- existo...

J. G. de Araújo Jorge

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Novo Livro de Menalton Braff


Em Bolero de Ravel, a excepcional técnica narrativa de Menalton Braff mais uma vez é posta a serviço de um magnífico efeito literário em cenas marcantes de recordação obsessiva que se repetem no ritmo intenso e crescente de um Bolero de Ravel

Bolero de Ravel é o mais recente romance de Menalton Braff que a Global Editora leva às livrarias. Nele, a técnica narrativa predominante é o fluxo de consciência. A exploração da memória, ou a presentificação do passado, concorrendo intensamente com o presente. Há temas obsessivos que retornam como expressão de que nós, seres humanos, somos a tota-lidade de nossas experiências, das quais não podemos nos desfazer em momento algum.
Laura, uma advogada bem-sucedida, e o irmão Adriano, um eterno adolescente, são os protagonistas de uma história em que as escolhas e os destinos dos dois serão completamente diferentes, opostos talvez. Eles acabam de enterrar os pais, mortos em um acidente, e Laura leva o irmão para a casa onde ele morava com os pais. Apesar das insistências dele, ela não chega a entrar. Tem pressa em partir, está preocupada com a viagem que terá de fazer até a cidade onde mora com o marido. Sozinho na casa, Adriano se desespera com a solidão.
Este romance de Menalton Braff é como uma melodia envolvente, de ritmo intenso e crescente, já expressa no título: Bolero de Ravel. À sombra dessa música, desenrola-se um drama familiar de cores negras, envolvendo uma mulher decidida e dinâmica e seu irmão, que nunca foi capaz de amadurecer. O contraste de temperamentos e objetivos de vida leva ao rompimento brusco das relações, e a ameaça de internamento do rapaz num manicômio. Deterioração física e mental. Delírio total.
Um clima obsessivo e angustiante, que o romancista explora com maestria e vigor: “A cada salto dado pelo cachorro, ele cresce, infla e aumenta o peso, e seus dentes alcançam as nuvens. Então ele se volta para as crianças e as devora como se fossem gotas do mar. E pula novamente, arrancando pedaços de nuvens, que ele engole, faminto. Seu pelo está sujo, escuro como as nuvens que ele já engoliu. Suas unhas imensas alcançam o Sol e o despedaçam. Então sumimos numa noite sem fim. Apenas a escuridão existe. Apenas a escuridão. Apenas.”

sábado, 6 de novembro de 2010

O Amor Perdido

O Amor Perdido

E agora amor, o que será da vida
Como inventar a minha arquitetura
Sem o teu céu acima do meu sol
Sem o teu sol acima do meu céu?
Não sobrevivo sem tua moldura
Não há cidade sem o teu abrigo
Não há mais mundo sem a tua sombra
Só me resta esse silêncio que me assombra
Que me assombra ? assombra
Não há mais perfeição, tudo é imperfeito
E toda eternidade que me resta
Não tem graça, não tem mais porquê
Na vida desprovida de você

Composição: Francis Hime/Geraldo Carneiro
do Cd Tempo das Palavras... Imagem (maravilhoso!)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mais uma conquista - 2º Concurso de Crônica ALARP

Estou muito feliz. A época tem sido de colheita, de conquistas literárias que são sempre motivadoras.Dessa vez, recebi o terceiro lugar no 2o. Concurso de Crônicas da Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto(ALARP).
Os vencedores desse 2º Concurso de Crônica ALARP foram:

1o.  Lugar - Rita Mourão
Título: Descompasso

2º Lugar - Israel Alves Jorge de Souza
Título: Não há mais as pegadas

3º Lugar: Mara Senna
Título: "Os brutos também amam"

4º Lugar: Eliane Ratier
Título: Livre Arbítrio

Parabéns a todos e os agradecimentos à ALARP, na pessoa de sua presidente Gilda Montans por proporcionar a nós, escritores, esta oportunidade.
A premiação ocorrerá no dia 10 de novembro no auditório do Theatro Minaz, durante a 6a. Noite das Artes. Todos estão convidados.
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Marina Colasanti - Prêmio Jabuti

Marina Colasanti, escritora, contista, ensaísta e poeta  receberá hoje, pela 4ª vez, o prestigioso Prêmio Jabuti, categoria Poesia, com o livro “Passageira em trânsito”. Abaixo, transcrevo um dos poemas do livro:

Entre ferro e fio

Como punhal
sem sangue
e sem ruído
a agulha vara a carne do tecido.
Ouvem-se apenas
do metal vencido
a queixa do dedal
e um leve sibilar
ferindo as fibras.
A linha se insinua
serpente que
entre trama e urdidura
de outros fios se defende
e ponto a ponto
impõe
nova estrutura.
A essa falsa fronteira
que sem ser cicatriz
o corte emenda escondida na beira
a essa semovente arquitetura
batizamos
costura.

Marina Colasanti

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Epitáfio - Cecília Meireles

Epitáfio

Ainda correm lágrimas pelos
teus grisalhos, tristes cabelos,
na terra vã desintegrados,
em pequenas flores tornados.

Todos os dias estás viva,
na soledade pensativa,
ó simples alma grave e pura,
livre de qualquer sepultura!

E não sou mais do que a menina
que a tua antiga sorte ensina.
E caminhamos de mão dada
pelas praias da madrugada.

Cecília Meireles 

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Antiguidade - Mara Senna

Antiguidade

A dor era tão velha
mas tão velha,
que um dia,
ao encontrar o perdão,
morreu de esquecimento.

Mara Senna
em Luas Novas e Antigas