terça-feira, 11 de agosto de 2009

Uma dose de Vinícius

Este poetinha entendia mesmo de amor...


Soneto do Amor Total



Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.


Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.


Vinícius de Moraes

Um comentário:

  1. Manuel Bandeira, Quintana e Vinícius. Não necessáriamente nessa ordem. Magníficos. O lirismo de Bandeira, a paixão de Vinícius, O prosaico de Quintana. O amor permeando o ardor de cada um. Muito bom que você traga oxigênio ao nosso mundo, Mara! Grande beijo!
    Djalma

    ResponderExcluir