Nem o curativo dos anos que passam,
nem as renovadas primaveras
que o enfeitam,
nem o que brota novo do chão,
consolam-me de verdade.
Estou antiga.
Outubro me dói como ferida aberta,
embora eu não queira.
Embora eu às vezes finja esquecer,
outros outubros sempre vêm,
batem à minha porta,
e eu os deixo entrar.
Mara Senna
Mara Senna
in Luas Novas e Antigas
Mara, este como tantos outro poemas de seu livro são belíssimos. Parabéns.
ResponderExcluirEste poema me tocou muito, pela beleza e pela verdade.
ResponderExcluirParabéns.
Beijos
Obrigada, Adhemir. Elogios partindo de bons escritores como você, sempre animam a gente.
ResponderExcluirObrigada, Cecília, hoje ganhei o dia, pois sou uma grande fã de seus poemas e sei da sua sensibilidade. Um abraço.
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