Entre ferro e fio
Como punhal
sem sangue
e sem ruído
a agulha vara a carne do tecido.
Ouvem-se apenas
do metal vencido
a queixa do dedal
e um leve sibilar
ferindo as fibras.
A linha se insinua
serpente que
entre trama e urdidura
de outros fios se defende
e ponto a ponto
impõe
nova estrutura.
A essa falsa fronteira
que sem ser cicatriz
o corte emenda escondida na beira
a essa semovente arquitetura
batizamos
costura.
Marina Colasanti
Marina Colasanti
Ah! Que delícia!!!!
ResponderExcluirmaria colasante arrebenta
ResponderExcluirbeijos da nxnxnx-total-
((*_))