Desencontrários
Mandei a palavra rimar,
ela não me obedeceu.
Falou em mar, em céu, em rosa,
em grego, em silêncio, em prosa.
Parecia fora de si,
a sílaba silenciosa.
Mandei a frase sonhar,
e ela se foi num labirinto.
Fazer poesia, eu sinto, apenas isso.
Dar ordens a um exército,
para conquistar um império extinto.
Nunca sei ao certo
se sou um menino de dúvidas
ou um homem de fé
certezas o vento leva
só dúvidas ficam de pé.
Paulo Leminsky
(1944-1989)
Mais sobre Paulo Leminski em http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Leminski
Que bom reencontrar Leminsky. Tinha que ser através de você. Certa vez comecei um livro de poemas com a epígrafe Paulo Leminsky. o título é:
ResponderExcluirquem lê
minsky
quem não lê
não minsky
Seu blog continua maravilhoso. Seus poemas são ótimos!
Traduzem a sensibilidade poética que envolve você continuamente.
Grande abraço!
Djalma
Obrigada,Djalma. Fico muito feliz em poder proporcionar bons momentos de poesia.
ResponderExcluirAdorei o "quem lê minsky...", muito bom!
Grande abraço para você.
Mara
SIGO ESSE BLOG, POR CAUSA DAS POESIAS.....
ResponderExcluirVC É MUITO SENSIVEL EM SUAS ESCOLHAS. PARABENS!!!!!