Em seu romance de estreia, o escritor e também filósofo e historiador, Adhemir Marthins já demonstra todo o seu talento ficcional, presenteando-nos com um livro de grande qualidade.
A história se passa no final da década de 1980 e início de 1990. Sophia é a personagem central, cujo enredo começa com um acidente que a levará a um coma profundo, porta de entrada para uma viagem para dentro de si mesma, de devaneios e reminiscências. Uma mulher sem preparo para enfrentar a realidade do cotidiano, pois passara a vida toda confinada entre sua casa e seu trabalho. Com a aposentadoria vem então o desejo de conhecer o mundo e se depara com realidades totalmente estranhas a ela. Vive um amor frustrado, um assalto violento, e outras situações que a deixam com medo da vida, das pessoas. Refugiando-se em seu apartamento e enclausurada descobre que a via de escape da solidão é a escrita. Como leitora assídua de biografias produz um livro de memórias, não para ser comercializado, mas para figurar ao lado dos autores que tanto aprecia. A surpresa vem diante de seus olhos quando descobre o seu livro publicado e distribuído em algumas livrarias de sua cidade. O choque é evidente. A fuga também. Na luta para não se deixar ver pelas pessoas se envolverá de forma misteriosa em um assassinato. O cenário de Sophia é a cidade de Curitiba, suas ruas e praças, onde tem um encontro discreto com o escritor paranaense Paulo Leminski. Um Exílio e Um Reino é um livro onde é possível refletir sobre a liberdade e sobre o absurdo do existir em meio ao caos da histeria contemporânea. Segundo o premiadíssimo escritor Menalton Braff, responsável pela orelha do livro: “desde a primeira página, o leitor pega carona entre as muitas reflexões e rememorações na mente de Sophia, de onde não mais sairá até o fim do romance”. A leitura desse livro, com certeza, é um convite à reflexão sobre a vida.Para contato com o autor visite o seu blog: http://ilhadasletras.blogspot.com/
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