Não mais
Agora que não mais,
só me resta desfazer as malas,
abaixar as velas
e esperar ventos mais favoráveis.
Mas,
embora eu saiba bem
os meus motivos,
incomoda-me do mesmo jeito,
pois o querer partir,
este querer conquistado e suado,
continua vivo
e briga com o não poder
bem aqui, dentro do peito.
Mas consolo-me,
pois bem sei o que me aguardaria
em meio às tempestades.
Mas, qualquer hora o sol aparece,
crio coragem de novo,
faço as malas,
iço as velas
e parto.
O resto será o de menos.
O resto será o de menos.
(Mara Senna)
Nota da autora: dedico este poema à minha amiga Márcia , para que nunca desista da partida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário