"Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto."
Bem-vindo(a) ao meu blog! Sou Mara Senna. A poesia é o meu ofício, minha virtude e o meu vício, meu fim e meu início.Meu recomeço. Um desejo que não me larga, um amor que eu não esqueço. Uma dor comprida, uma alegria vivida, uma saudade sentida, uma palavra sufocada. A poesia em mim é tudo ou nada.
domingo, 31 de julho de 2011
Caio Fernando de Abreu
"Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto."
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Espelho - Mara Senna
Este foi um dos primeiros poemas que publiquei aqui no blog. Agora, ele volta, repaginado.
Espelho
Nunca saberá ao certo
quem sou eu.
Tenho dupla-face,
dupla identidade
e sexto sentido.
Intuição de sobra,
razão de menos.
dupla identidade
e sexto sentido.
Intuição de sobra,
razão de menos.
Juízo demais.
Tudo fora da hora...
Tudo fora da hora...
Por isso,
corro sempre atrás do prejuízo
das emoções perdidas.
No espelho, vejo o que quero,
enxergo o que não gosto,
finjo que não vejo.
Sei quem eu sou
nas duas faces do espelho.
Por isso, nunca me perdi.
das emoções perdidas.
No espelho, vejo o que quero,
enxergo o que não gosto,
finjo que não vejo.
Sei quem eu sou
nas duas faces do espelho.
Por isso, nunca me perdi.
Mara Senna
terça-feira, 12 de julho de 2011
domingo, 10 de julho de 2011
sábado, 2 de julho de 2011
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