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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Fernando Pessoa





Há tanta suavidade em nada dizer...E tudo se entender."

Fernando Pessoa

13 junho - data do seu nascimento - há 124 anos

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Não basta abrir a janela - Alberto Caeiro

Foto: Carmen Fanganiello

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

Alberto Caeiro
(Fernando Pessoa )

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Fernando Pessoa no Museu da Língua Portuguesa


 Começa hoje, 24/08, no Museu da Língua Portuguesa, a exposição
Fernando Pessoa, plural como o universo”.
A mostra fica em cartaz até o dia 30 de janeiro, com entrada livre aos sábados.
Essa será a primeira vez que o Museu da Língua Portuguesa vai abrigar
uma exposição sobre um autor português.
“Nosso propósito básico é levar Fernando Pessoa à vida do cidadão que não o conhece, e que, portanto, encontrará uma linguagem acessível, e àqueles que já estão familiarizados com seus versos, que terão a chance de descobrir aspectos e conceitos novos”, afirma Carlos Felipe Moisés.
Com projeto assinado pelo cenógrafo Hélio Eichbauer, a exposição terá como identidade visual o Mar – de Sagres e todos os outros – e os diferentes tons de azul da água e do céu, remetendo à época dos descobrimentos e das grandes conquistas de Portugal, inspirada no livro “Mensagem”.
No primeiro ambiente da sala de exposições temporárias do Museu, o visitante poderá entrar cinco em cabines, onde serão projetados trechos de poemas do próprio Fernando Pessoa e de seus heterônimos Alberto Caieiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Bernardo Soares.
Em seguida, entrará numa espécie de labirinto poético que mostrará de forma lúdica e encantadora trechos de poesias e imagens de Fernando Pessoa, como forma de retratar suas várias personas. E depois passará para um ambiente onde documentos fac-símile ampliados, manuscritos ou datilografados, relacionados à sua vida-obra estarão expostos dentro de vitrines.
Já no último espaço da exposição, o visitante poderá acompanhar a cronologia da vida-obra do poeta, por meio de imagens retiradas da recém-lançada fotobiografia produzida por Richard Zenith.
Se eu for lá, e pretendo ir, eu conto mais.

sábado, 27 de março de 2010

Às vezes - Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)

Às vezes

Às vezes tenho ideias felizes,
Ideias subitamente felizes, em ideias
E nas palavras em que naturalmente se despegam...
Depois de escrever, leio...
Por que escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto? Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?

Álvaro de Campos, um dos heterônimos de
Fernando Pessoa

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Odes de Ricardo Reis


Odes de Ricardo Reis

Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Tão cedo passa - Fernando Pessoa


Tão cedo passa


Tão cedo passa tudo quando passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.


Ricardo Reis, um dos heterônimos de
Fernando Pessoa
(1888-1935)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

DEVER DE SONHAR - FERNANDO PESSOA



Dever de Sonhar

Eu tenho uma espécie de dever, dever de sonhar, de sonhar sempre,
pois sendo mais do que um espetáculo de mim mesmo,
eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E, assim, me construo a ouro e sedas, em salas
supostas, invento palco, cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas e músicas invisíveis.

Fernando Pessoa

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Fernando Pessoa - Eu amo tudo

Eu amo tudo
Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje já é outro dia.

Fernando Pessoa


quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Fernando Pessoa - Tenho Tanto Sentimento


Tenho Tanto Sentimento

Tenho tanto sentimento
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

Fernando Pessoa

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Fernando Pessoa




"Ah, não há saudades mais dolorosas do
que as das coisas que nunca foram!"
Fernando Pessoa

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Celebração da Vida

foto: Carmen Fanganiello
Há duas formas para viver a sua vida: uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.