'Em Alguma Parte Alguma', seu primeiro livro de poemas em dez anos - o último havia sido 'Muitas Vozes', de 1999. Realizado pelo Instituto Estadual do Livro, órgão da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, em parceria com a Associação Lígia Averbuck, o concurso premiará o escritor com R$ 150.000 e a editora José Olympio com R$ 30.000. Além disso, serão publicados e distribuídos em bibliotecas públicas 5.000 exemplares do livro, que também recebeu em 2011 o Jabuti de livro do ano - ficção. (Fonte: G1)
Bem-vindo(a) ao meu blog! Sou Mara Senna. A poesia é o meu ofício, minha virtude e o meu vício, meu fim e meu início.Meu recomeço. Um desejo que não me larga, um amor que eu não esqueço. Uma dor comprida, uma alegria vivida, uma saudade sentida, uma palavra sufocada. A poesia em mim é tudo ou nada.
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Traduzir-se - Ferreira Gullar
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
... fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?
Ferreira Gullar
in Na Vertigem do Dia (1975-1980)
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Ferreira Gullar
Que nada do que amei na vida se acabou: e mal consigo andar tanto isso pesa."
(Ferreira Gullar)
(Ferreira Gullar)
sábado, 27 de novembro de 2010
O que se foi - Ferreira Gullar
O que se foi se foi.
Se algo ainda perdura
é só a amarga marca
na paisagem escura.
Se o que se foi regressa,
Se o que se foi regressa,
traz um erro fatal:
falta-lhe simplesmente
ser real.
Portanto, o que se foi,
Portanto, o que se foi,
se volta, é feito morte.
Então por que me faz
o coração bater tão forte?
Ferreira Gullar
terça-feira, 13 de abril de 2010
Aprendizado - Ferreira Gullar
Aprendizado
Do mesmo modo que te abriste à alegria
Do mesmo modo que te abriste à alegria
abre-te agora ao sofrimento
que é fruto dela
e seu avesso ardente.
Do mesmo modo
que da alegria foste
ao fundo
e te perdeste nela
e te achaste
nessa perda
deixa que a dor se exerça agora
sem mentiras
nem desculpas
e em tua carne vaporize
toda ilusão
que a vida só consome
o que a alimenta.
Ferreira Gullar
Ferreira Gullar
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