Bem-vindo(a) ao meu blog! Sou Mara Senna. A poesia é o meu ofício, minha virtude e o meu vício, meu fim e meu início.Meu recomeço. Um desejo que não me larga, um amor que eu não esqueço. Uma dor comprida, uma alegria vivida, uma saudade sentida, uma palavra sufocada. A poesia em mim é tudo ou nada.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
Caio Fernando Abreu.
“E me dá uma saudade irracional de você. Uma vontade de chegar perto, de só chegar perto, te olhar sem dizer nada, talvez recitar livros, quem sabe só olhar estrelas… dizer que te considero - pode ser por mais um mês, por mais um ano, ou quem sabe por uma vida - e que hoje, só por hoje ou a partir de hoje (de ontem, de sempre e de nunca), é sincero.”
Caio Fernando Abreu.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Prêmio Sesc de Poesias Carlos Drummond de Andrade
Os selecionados dos prêmios literários do SESC - DF 2011 foram divulgados e mais uma vez estou entre eles com o poema inédito "Estrada'.
Nesta edição, o SESC recebeu 511 inscrições de todo o País, sendo 179 para a categoria contos, 102 para contos infantis e 230 para poesia. Além da premiação em dinheiro para os três primeiros colocados em cada categoria, serão produzidas três obras com os textos dos 35 selecionados. Mais uma antologia do SESC da qual tenho a grande honra de participar.
Assim que puder, divulgo o poema aqui.
Nesta edição, o SESC recebeu 511 inscrições de todo o País, sendo 179 para a categoria contos, 102 para contos infantis e 230 para poesia. Além da premiação em dinheiro para os três primeiros colocados em cada categoria, serão produzidas três obras com os textos dos 35 selecionados. Mais uma antologia do SESC da qual tenho a grande honra de participar.
Assim que puder, divulgo o poema aqui.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Não basta abrir a janela - Alberto Caeiro
Foto: Carmen Fanganiello
Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
Alberto Caeiro
(Fernando Pessoa )
sábado, 8 de outubro de 2011
Mia Couto vencedor do Prêmio Eduardo Lourenço 2011
O escritor moçambicano Mia Couto é o vencedor da sétima edição do Prêmio Eduardo Lourenço, no valor de 10 mil euros, atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI).
A decisão foi comunicada por João Gabriel Silva, reitor da Universidade de Coimbra, no final de uma reunião do júri, a que presidiu, realizada hoje nas instalações do CEI, naquela cidade.
Instituído em 2004, o prémio anual, que tem o nome do ensaísta Eduardo Lourenço, mentor e presidente honorífico do CEI, destina-se a galardoar personalidades ou instituições, portuguesas ou espanholas, «com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica».
Desta vez, segundo o presidente do júri, foi atribuído a Mia Couto, escritor que «alargou os horizontes da língua portuguesa e da cultura ibérica».
João Gabriel Silva disse à agência Lusa que a distinção foi entregue ao escritor Moçambicano «por unanimidade e aclamação», num conjunto de 15 concorrentes, pela importância que a sua obra representa «para o espaço ibérico».
O presidente do júri referiu que, pela primeira vez, o Prémio Eduardo Lourenço «sai da Ibéria, indo até ao Índico», dado que Mia Couto nasceu e vive em Moçambique.
A decisão foi comunicada por João Gabriel Silva, reitor da Universidade de Coimbra, no final de uma reunião do júri, a que presidiu, realizada hoje nas instalações do CEI, naquela cidade.
Instituído em 2004, o prémio anual, que tem o nome do ensaísta Eduardo Lourenço, mentor e presidente honorífico do CEI, destina-se a galardoar personalidades ou instituições, portuguesas ou espanholas, «com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica».
Desta vez, segundo o presidente do júri, foi atribuído a Mia Couto, escritor que «alargou os horizontes da língua portuguesa e da cultura ibérica».
João Gabriel Silva disse à agência Lusa que a distinção foi entregue ao escritor Moçambicano «por unanimidade e aclamação», num conjunto de 15 concorrentes, pela importância que a sua obra representa «para o espaço ibérico».
O presidente do júri referiu que, pela primeira vez, o Prémio Eduardo Lourenço «sai da Ibéria, indo até ao Índico», dado que Mia Couto nasceu e vive em Moçambique.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
O Prêmio Nobel de Literatura 2011 é de um poeta!
Tomas Transtörme, poeta sueco, é o Nobel de Literatura 2011.
A Biblioteca Nacional foi a única que já publicou poema de Tomas TranstörmE no Brasil
A tradução de .“Poemas haikai”foi publicada em 2006, na Revista Poesia Sempre, número 25, só com trabalhos da Suécia. A tradução é de Marta Manhães de Andrade.
A obra traz uma seleção de poetas suecos. Tomas é uma dos mais festejados do seu país. Seu trabalho, considerado por muitos surrealista, traz os mistérios da mente humana e sua obra se destaca entre as mais importantes desde a 2ª Guerra Mundial. Mesmos após um derrame, que o deixou parcialmente paralisado e sem conseguir falar, em 1990, seguiu produzindo e em 2004 publicou um livro de poemas.
Há anos encabeça a lista dos favoritos para ao Nobel. E agora, aos 80 anos, esse escritor nascido em Estocolmo confirma expectativa de suecos e fãs da sua obra. Ao receber o anúncio do nome de Tomas Transtörmer como Nobel de Literatura, a pequena plateia que acompanhava a cerimônia cidade se comoveu.
Leia “Poemas haikai”, de autoria de Tomas Transtörmer:
Poemas haikai
Os fios elétricos
estendidos por onde o frio reina
Ao norte de toda a música
O sol branco
treina correndo solitário para
a montanha azul da morte.
Temos que viver
com a relva pequena
e o riso dos porões
Agora o sol se deita.
sombras se levantam gigantescas
Logo logo tudo é sombra.
As orquídeas.
Petroleiros passam deslizando.
É lua cheia.
Fortalezas medievais,
cidade desconhecida, esfinges frias,
arenas vazias.
As folhas cochicham:
Um javali está tocando órgão.
E os sinos batem.
e a noite se desloca
de leste para oeste
na velocidade da lua.
Duas libélulas
agarradas uma na outra
passam e se vão
Presença de Deus.
No túnel do canto do pássaro
uma porta fechada se abre.
Carvalhos e a lua.
Luz e imagem de estrelas silentes.
O mar gelado.”
Tomas Transtörmer
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
sábado, 1 de outubro de 2011
Paulo Leminski
Ontens e hojes, amores e ódio,
adianta consultar o relogio?
Nada poderia ter sido feito,
a não ser o tempo em que foi lógico.
Ninguém nunca chegou atrasado.
Bençãos e desgraças
vêm sempre no horário.
Tudo o mais é plágio.
Acaso é este encontro
entre tempo e espaço
mais do que um sonho que eu conto
ou mais um poema que faço?
Paulo Leminski
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