Bem-vindo(a) ao meu blog! Sou Mara Senna. A poesia é o meu ofício, minha virtude e o meu vício, meu fim e meu início.Meu recomeço. Um desejo que não me larga, um amor que eu não esqueço. Uma dor comprida, uma alegria vivida, uma saudade sentida, uma palavra sufocada. A poesia em mim é tudo ou nada.
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Qualquer flor
Qualquer flor
Já é primavera, quero ser feliz e algo dentro de mim não floresce e incomoda feito espinho. Ainda tenho nas retinas a imagem do menino morto na praia, botão de flor ainda. Há meninos e meninas que não florescem lá e aqui, bem perto, e a gente nem vê. Se matam todo dia a flor da inocência, o que irá resistir?
É proibido ser triste na primavera. Eu não quero ser triste na primavera, mas a lucidez insiste e a sua flor já nasce murcha.
Peço perdão pelos erros dos homens: a primavera não tem culpa.
As flores são incorruptíveis. Há homens e mulheres que pisam, matam, passam rasteiras. As fores não têm culpa. Enfeitam a vida e a morte. Nem podem escolher.
Meninos, meninas, homens, mulheres, acordem do seu sono!
É primavera aqui no hemisfério sul! Rezem para que brote uma flor na dureza dos corações: a "flor da náusea", a "bruta flor do querer", qualquer flor. Mas que brote como uma esperança vicejante. É preciso fazer jus à primavera.
É proibido ser triste na primavera. Eu não quero ser triste na primavera, mas a lucidez insiste e a sua flor já nasce murcha.
Peço perdão pelos erros dos homens: a primavera não tem culpa.
As flores são incorruptíveis. Há homens e mulheres que pisam, matam, passam rasteiras. As fores não têm culpa. Enfeitam a vida e a morte. Nem podem escolher.
Meninos, meninas, homens, mulheres, acordem do seu sono!
É primavera aqui no hemisfério sul! Rezem para que brote uma flor na dureza dos corações: a "flor da náusea", a "bruta flor do querer", qualquer flor. Mas que brote como uma esperança vicejante. É preciso fazer jus à primavera.
Mara Senna
sábado, 5 de setembro de 2015
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