Com atraso, mas ainda em tempo, quero comentar sobre o serão literário do mês de abril, que contou com a presença do escritor Nelson de Oliveira. É um escritor dotado de uma fina ironia e muito senso de humor. Segundo Chico Lopes, "inquietar, incomodar, cavar no veio do imprevisto, tarefa essencial do criador contemporâneo, é coisa inata em Nelson. Com uma obra multifacetada, que percorre o conto, o ensaio, o romance, é um escritor para nosso tempo."
Nascido em Guaíra, SP, em 1966, possui o título de doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), e publicou, dentre outros títulos, Naquela época tínhamos um gato (1998), Treze (1999), Subsolo infinito (2000), O filho do crucificado (2001) e A maldição do macho (2002). Organizou duas antologias de contos da geração 90: Manuscritos de computador (2001) e Os transgressores (2003). Outras obras mais recentes: Cenas da favela, 2007; Babel Babilônia, 2007; Ódio sustenido, 2007; A oficina do escritor: sobre ler, escrever e publicar, 2008; Axis Mundi: O jogo de Força na Lírica Portuguesa Contemporânea, 2009;
Tem textos (contos e críticas) publicados nas revistas Cult e Livro Aberto (SP), Medusa (PR) e Bravo, e nos jornais Correio Braziliense, O Globo e Suplemento Literário de Minas Gerais, Jornal Literário Rascunho e Folha de São Paulo.
Recebeu diversos prêmios, entre eles o Casa de las Americas (1995), Fundação Cultural do Estado da Bahia (1996), Melhor Livro de Contos: O filho do Crucificado, Associação Paulista dos Críticos de Arte(2001), Melhor Projeto Editorial: Geração 90, os transgressores, Associação Paulista dos Críticos de Arte(2003), Prêmio Clarice Lispector, Fundação Biblioteca Nacional(2007).