Resistência
Na casa vazia,
que em vão espera,
tudo se degenera.
Há uma varanda que não mais conversa,
um sofá que dorme sozinho
seu sono comprido,
velas por acender
e orações caladas.
Não se ouvem mais
as suas boas risadas.
As cores desbotam,
castigadas pelo tempo.
Nada mais é tão vibrante assim.
Só as azaleias
sobrevivem pulsantes,
no jardim.
Mara Senna
Na casa vazia,
que em vão espera,
tudo se degenera.
Há uma varanda que não mais conversa,
um sofá que dorme sozinho
seu sono comprido,
velas por acender
e orações caladas.
Não se ouvem mais
as suas boas risadas.
As cores desbotam,
castigadas pelo tempo.
Nada mais é tão vibrante assim.
Só as azaleias
sobrevivem pulsantes,
no jardim.
Mara Senna
in Ensaios da Tarde, 2012
Foto: Carla Senna
Foto: Carla Senna
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