Soneto 76
William Shakespeare 
Por que meu verso é sempre tão carente
De mutações e variação de temas?
Por que não olho as coisas do presente
Atrás de outras receitas e sistemas?
Por que só escrevo esta monotonia,
Tão incapaz de produzir inventos
Que cada verso quase denuncia
Meu nome e seu lugar de nascimento?
Pois saiba, amor, só escrevo a seu respeito
E sobre o amor - são meus únicos temas,
E assim vou refazendo o que foi feito
Reinventando as palavras do poema.
Como o sol, novo e velho a cada dia,
Meu coração rediz o que dizia.
(Tradução: Geraldo Carneiro)
(Tradução: Geraldo Carneiro)
SONNET 76 
Why is my verse so barren of new pride,
So far from variation or quick change? 
Why with the time do I not glance aside 
To new-found methods and to compounds strange? 
Why write I still all one, ever the same, 
And keep invention in a noted weed, 
That every word doth almost tell my name, 
Showing their birth and where they did proceed? 
O, know, sweet love, I always write of you, 
And you and love are still my argument; 
So all my best is dressing old words new, 
Spending again what is already spent: 
For as the sun is daily new and old, 
So is my love still telling what is told. 

Nenhum comentário:
Postar um comentário