terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Companhia - Mara Senna

Minha maltês fica aqui ao meu lado enquanto escrevo.
Sua presença é silenciosa, afetuosa, gratuita e respeitosa. De vez em quando me olha com seus grandes olhos de jabuticaba como se dissesse: estou aqui, caso precise de mim. Mas, se o tempo fecha, se a chuva ameaça, é ela quem me pede colo e proteção, sem vergonha de demonstrar fraqueza; morre de medo de tempestades. Passa de guardiã a protegida, em um pulo.
Tento aprender esta sua capacidade de estar junto sem invadir, de amar incondicionalmente, de não ter vergonha de demonstrar o medo, de saber acolher e ser acolhida. Quem tem um animal, tem lições diárias de ternura.
E o que fizemos da nossa?

Mara Senna

Um comentário:

  1. O cachorro em especial,continua sendo o melhor amigo do homem.Vai ano e vem ano ,passam décadas e ele não perde suas qualidades nobres como amor fiel e incondicional,dedicação e proteção ao dono.E é o que sempre nos recebe aos pulos de alegria.

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