foto: Central Park -New York
Dança de outono
Mara Senna
Vem, dança comigo!
Só quero contigo
mais uma dança,
eu juro.
Só aquela que faltou.
Só mais uma vez:
teus braços ao redor
das minhas costas,
mãos que se tocam,
teu hálito quente.
Na minha nuca
um arrepio de frio e de medo.
Tuas palavras no meu ouvido,
segredo...
A nossa primeira dança,
foi plena primavera.
Tudo era novo.
Agora não.
Esta será
a última dança de outono.
Neste momento,
É preciso que parem
todos os relógios
aqui dentro!
Parem a areia do tempo!
Lá fora, inevitavelmente,
as folhas cairão,
o inverno vai chegar,
as primaveras renovarão tudo,
e darão lugar a outros verões,
até mais felizes.
Mas, lá fora, de novo,
eu não poderia seguir-te
e chegaria a hora terrível do adeus.
Viria a distância intransponível
e eu te perderia de vista
quem sabe se por mais mil anos.
Começaria uma espera inútil.
Por isso, aqui dentro, agora,
dança comigo,
abraça-me para o resto da vida.
O resto da vida é muito tempo lá fora,
mas, aqui dentro, ele é só esse momento.
Enquanto o ponteiro não andar,
Haverá sempre a expectativa do amor.
Lá fora,
tantos amores já terão se acabado.
Aqui dentro,
o amor será sempre uma promessa.
Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora (Mara Senna). Você não pode fazer uso comercial deste texto.
Dança de outono
Mara Senna
Vem, dança comigo!
Só quero contigo
mais uma dança,
eu juro.
Só aquela que faltou.
Só mais uma vez:
teus braços ao redor
das minhas costas,
mãos que se tocam,
teu hálito quente.
Na minha nuca
um arrepio de frio e de medo.
Tuas palavras no meu ouvido,
segredo...
A nossa primeira dança,
foi plena primavera.
Tudo era novo.
Agora não.
Esta será
a última dança de outono.
Neste momento,
É preciso que parem
todos os relógios
aqui dentro!
Parem a areia do tempo!
Lá fora, inevitavelmente,
as folhas cairão,
o inverno vai chegar,
as primaveras renovarão tudo,
e darão lugar a outros verões,
até mais felizes.
Mas, lá fora, de novo,
eu não poderia seguir-te
e chegaria a hora terrível do adeus.
Viria a distância intransponível
e eu te perderia de vista
quem sabe se por mais mil anos.
Começaria uma espera inútil.
Por isso, aqui dentro, agora,
dança comigo,
abraça-me para o resto da vida.
O resto da vida é muito tempo lá fora,
mas, aqui dentro, ele é só esse momento.
Enquanto o ponteiro não andar,
Haverá sempre a expectativa do amor.
Lá fora,
tantos amores já terão se acabado.
Aqui dentro,
o amor será sempre uma promessa.
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Deixemos o amor guiar a dança da vida. Lindo!
ResponderExcluirolá Mara! Nos conhecemos na palestra da Cristiane Bezerra, adorei seu blog. Sucessos!
ResponderExcluirSilvia Arnesen
silestetik@hotmail.com
https://twitter.com/SilWArnesen
Sílvia, obrigada pela sua visita. Que bom que gostou do blog! beijos
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