Visitar o Museu do Inhotim (em Brumadinho, a 55km de Belo Horizonte) é uma experiência única, que aguça todos os nossos sentidos.
O Instituto Inhotim foi idealizado pelo empresário Bernardo Paz em meados da década de 1980. Em 1984, o local recebeu a visita do renomado paisagista Roberto Burle Marx, que apresentou algumas sugestões e colaborações para os jardins. Desde então, o projeto paisagístico cresceu e passou por várias modificações.
A propriedade particular foi se transformando com o tempo. Começava a nascer um grande espaço cultural, com a construção das primeiras edificações destinadas a receber obras de arte contemporânea. Ganhava vida também o rico acervo botânico, consolidado a partir de 2005 com o resgate e a introdução de coleções botânicas de diferentes partes do Brasil e com foco nas espécies nativas, entre as quais se destacam a de Aráceas, uma coleção de orquídeas da espécie Vanda, com 350 indivíduos de diferentes espécies e, ainda, uma das maiores coleções de palmeiras do mundo com mais de 1.400 espécies. Em toda a área são encontradas espécies vegetais raras, dispostas de forma estética, em terreno de 97 hectares que conta com cinco lagos e reserva de mata preservada. Pesquisas e projetos botânicos e paisagísticos são desenvolvidos em parceria com órgãos governamentais e privados.
O Inhotim caracteriza-se por oferecer um grande conjunto de obras de arte, expostas a céu aberto ou em galerias temporárias e permanentes. O Instituto Inhotim, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP, além desses espaços de fruição estética e de entretenimento - que lhe garantem um lugar singular entre outras instituições do gênero - desenvolve também pesquisas na área ambiental, ações educativas e um significativo programa de inclusão e cidadania para a população do seu entorno.
O acervo artístico abriga mais de 500 obras de artistas de renome nacional e internacional, como Tunga, Adriana Varejão, Helio Oiticica, Cildo Meireles, Chris Burden, Matthew Barney, Doug Aitken, Janet Cardiff, entre outros. O Inhotim se diferencia de outros museus por oferecer ao artista condições para a realização de obras que apenas em seu parque poderiam ser construídas.
Mesmo quem não é conhecedor ou fã incondicional da arte contemporânea, não consegue ficar indiferente às provocativas instalações que fazem parte do acervo. São provocações visuais, sonoras e táteis que geram diferentes sensações como o estranhamento, o deslumbramento, o choque, o prazer, o medo, a ansiedade, o vazio, o aconchego, a repulsa, a surpresa... Depende do que está dentro de cada um.
Se não bastasse tudo isso, o local ainda conta com um ótimo resturante, rodeado pela belíssima paisagem.
Vale muito a pena o passeio.