quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ensaios da Tarde

 
O meu livro Ensaios da Tarde pode ser adquirido em Ribeirão nos seguintes locais:
- Livraria Paraler - R. Adelmio Norberto da Silva 786 (próximo ao Ribeirão Shopping)
- Revistaria Magia de Ler no piso G2 do Shopping Santa Ursula
Muito em breve, novos locais.
Para quem não é de Ribeirão, posso enviar autografado pelo correio, frete grátis.
É só me passar um e-mail para mara.senna06@gmail.com
Também estou agendando os lançamentos em Araxá, São Paulo e Rio para julho e agosto- aguardem.

Metades - Mara Senna

Metades

Sou capaz de longas ausências,
de navegar por anos a fio,
sem mandar mensagens.
Sou capaz de longos silêncios,
de me calar por muito tempo,
sem dizer bobagens.
E então sou a sábia,
a ponderada,
a prudente,
a elevada.
Mas também
sou a mesma
que deixa encalhar o navio
nos bancos de areia,
que segue o hipnotizante
canto da sereia,
e que solta o verbo
e entrega tudo o que sente.
E aí, então, sou a tola,
a impulsiva,
a inconsequente,
a doidivanas.
Mas, somando as metades,
eu sou é humana.

Mara Senna
no livro Ensaios da Tarde

domingo, 24 de junho de 2012

Leve - Mara Senna

Barbara Lee White

Leve

Ô Deus, me pega no colo!
Conserta meus pés de barro,Adicionar imagem
senão desmorono.
Meu chumbo me pesa.
Coloca-me asas, daquelas de anjo,
dá-me voos de pássaro,
travesseiros de nuvem,
ventanias.
Hoje preciso voar,
sair do chãoCor do texto
ficar em Tua companhia.
Ser apenas pluma,
bruma,
espuma do mar
Qualquer coisa muito leve
que me eleve
para o ar.

Mara Senna
Este poema faz parte da antologia "Frutos da Terra", dos autores de Ribeirão Preto (2009)
Fotografia e montagem: Sleeping Angel de Barbara Lee White

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Calor - Mara Senna


Calor

Ribeirão Preto,
colo quente.
Abraço ardente
que me envolveu quando
cheguei aqui.
Ribeirão, coração de vulcão:
eu, literalmente,
 me derreto por ti!

Mara Senna

19 de junho - aniversário de Ribeirão Preto

sábado, 16 de junho de 2012

Penélope - Mara Senna

Penélope

Espero-te bebendo aos goles
desta taça de paciência e doçura.
Do fel,
já bebi antes num só trago
e carrego em mim o seu estrago.
A aranha, que ali tece
ininterruptamente
a sua teia,
ri de mim,
que desmancho mais uma vez
a colcha de Penélope.
Não me perdoarão quando descobrirem
o meu ardil.
Nem quando souberem que meu peito
ainda arde
à espera de ti, impossível Ulisses.
Eu também tenho cá
estas minhas tolices...

Mara Senna
em Ensaios da Tarde

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Millôr Fernandes

 
Nada tem nexo,
 tudo é apenas
 um reflexo.

Millôr Fernandes
 
Fonte: Página 'Sopre para voar' - Facebook

Silêncios - Mara Senna


Silêncios

O que diriam as palavras
desta nossa babel de silêncios,
construída por anos a fio?
Delírios de estrelas mudas,
explosões surdas,
martírios absurdos.
Para quê?

Mara Senna
no livro Ensaios da Tarde

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Fernando Pessoa





Há tanta suavidade em nada dizer...E tudo se entender."

Fernando Pessoa

13 junho - data do seu nascimento - há 124 anos

terça-feira, 12 de junho de 2012

Poema do riso e da graça

Poema do riso e da graça

Hoje eu decreto
o riso solto e sem censura.
Acordei palhaça
e acho que não vai ter cura...
Que o sol se ponha
sobre a minha graça.
Hoje eu quero um sono comprido,
de sonhos longos,
que é pra ter tempo de sonhar
essa alegria inventada
durante o dia.
E se amanhã eu acordar
meio triste,
meio sem graça,
não entrarei em crise:
reinvento o riso
 e faço a reprise.

Mara Senna.

Pouso - Mara Senna


Pouso

Os verdadeiros amores
nunca morrem.
As vontades é que se acabam.
Os amores ficam vagando no ar,
procurando uma nova vontade
onde possam
aterrissar.

Mara Senna
in Ensaios da Tarde

domingo, 10 de junho de 2012

Lançamento de Ensaios da Tarde


Memória recente

E no dia do nascimento
do meu segundo rebento,
fiz um vestido da cor do livro
 e fui assim:
nua de mim
e coberta de poesia.


Mara Senna

Pois é, dia 17 de maio foi lançado o meu segundo livro de poemas Ensaios da Tarde, numa noite linda repleta de amigos e eu, muito feliz, como só a poesia me deixa.
O novo livro traz poemas que abordam vivências, cenas do cotidiano com suas dores e alegrias, seus sabores e dissabores e seus segredos. Tudo em uma linguagem simples e, muitas vezes sintética, porém sempre mergulhando profundamente na alma humana.
Quem se interessar em conhecer o novo "filho" pode me passar um e-mail mara.senna06@gmail.com  que eu informo onde e como adquirir.
Um grande abraço a todos vocês.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Poema da foto


 
Se você prestar atençao
verá que um pássaro
voa livre, leve e solto,
mas nunca sem direção...
Mara Senna

terça-feira, 5 de junho de 2012

Chuva de Tarde - Mara Senna


Chuva de tarde

Chuva miúda,
dia comprido.
A vontade que me arde
é ficar em casa e assistir
à sessão da tarde.
Contrariada, saio.
Nem sinal de sol,mas também não há raio.
Paro no sinal.
O barulho do limpador me dá tédio.
Chuva chovendo,
gente correndo.
Será medo de derreter, de pegar gripe,
morrer de pneumonia?
Acho que, se preguiça matasse,
hoje,
mais da metade morreria.

Mara Senna
in Luas Novas Antigas

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Lua branca - Mara Senna

Foto:  Carlos Bolfarini
 
Lua branca
 
Passa a lua branca...
Só não consegue passar
em branco.

Mara Senna
 

domingo, 3 de junho de 2012

Salão de Ideias da 12a. Feira Nacional do Livro de Rbeirão Preto




A POESIA NO COTIDIANO É DISCUTIDA POR AUTORES LOCAIS
 
Os escritores João Augusto, Mara Senna e Maris Ester Aparecida de Souza foram os autores no encontro realizado na tarde deste sábado (02), no Auditório Palace. O tema discutido foi a poesia no cotidiano.
Para Mara Senna, a poesia é uma companheira no cotidiano de cada um. "Sou apaixonada pela poesia e considero necessário aproximá-la das pessoas. Há poesias para todos os gostos", afirma, destacando a importância do olhar do poeta para a construção de uma poesia. "A poesia pode nascer de uma tristeza, de uma alegria, enfim, de qualquer situação. Depende muito do olhar do poeta", disse.
Considerando a poesia como um quadro pintado com os olhos da alma, João Augusto revelou que os seus livros explicam quem ele é. Salientou a falta de sensibilidade nas pessoas por conta da vida corrida no cotidiano. Para ele, a poesia escolhe o poeta e não o contrário.
Maris Ester revelou que a poesia salta de dentro dela e contou para o público a influência do cotidiano no momento de suas produções literárias. A escritora revelou que as ocupações do dia-a-dia afastaram-na da escrita, mas "estou com muita saudade de escrever e prometo que vou me organizar para lançar mais livros", declarou, enfatizando   o quanto a poesia transformou a vida dela bem como a importância da leitura.
Além de esclarecer as dúvidas do público, os escritores recitaram alguns de seus poemas no encerramento do encontro.

Texto publicado no site www.feiradolivroribeirao.com.br

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Lembrete - Salão de Ideias

LEMBRETE: É AMANHÃ, 02/06, SÁBADO, ÁS 13:30,
A MINHA PARTICIPAÇÃO NO SALÃO DE IDEIAS NA FEIRA DO LIVRO.
ESTÃO TODOS CONVIDADOS!


Será .um bate-papo muito agradável sobre a poesia no cotidiano.
Em seguida, vou autografar meu livro Ensaios da Tarde
no estande dos autores locais em frente ao teatro.
 Apareçam1