Esta matéria que reproduzo abaixo foi publicada no Jonal Enfim, de Ribeirão Preto, em 29 de jameiro de 2016 na página 12 , pelo poeta Antonio Ventura, a quem agradeço imensamente a gentileza.
"Mara Senna e a eternidade na palma da mão
Mara Senna, em seu primeiro livro Luas novas e antigas (2009), já
demonstrava ter uma linguagem própria,elegante e sóbria, no fazer poético. Depois veio Ensaios da Tarde (2012) e recentemente nos deu a alegria de seu mais recente livro Eternidades na palma da mão (2015), pela Editora Patuá, com precioso prefácio de Menalton Braff. O livro repete a linguagem amadurecida, da poeta que fala com propriedade das coisas simples e vida palpitante. Vale a pena reproduzir aqui alguns versos, como estes que refletem, quase como uma prece, da necessidade do voo e da poesia:
“Hoje eu preciso voar,
sair do chão
ficar em Tua companhia.
Ser apenas pluma,
bruma,
espuma do mar,
qualquer coisa muito leve,
que me eleve para o ar.”
Ou versos modernos como estes:
“Desde o dia em que ele olhou
bem fundo em seus olhos,
ela nunca mais voltou à tona
e segue atônita.
Se ele não fizer, com urgência,
uma respiração boca a boca,
ela morrerá afogada e louca.”
Ou sobre o amor:
“amar é a paciência de escrever
na areia
e deixar que a maré apague,
todo santo dia.”
Ou sobre a fugacidade do tempo:
“Já é meia-idade,
e eu não cheguei nem à metade!
Atraso meu
ou a vida anda passando
em excesso de velocidade?”
Vale a pena conferir.
Antonio Ventura, autor dos livros O catador de palavras e O guardador de abismos, que podem ser encontrados nas livrarias Travessa e Cultura de Ribeirão Preto."
O livro Eternidades na palma da mão pode ser adquirido em todo o Brasil pelo site da Editora Patuá www.editorapatua.com.br e em Ribeirão Preto diretamente comigo.
Com Eduardo Lacerda
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